Por Marcio Moraes do Nascimento
Na semana do dia 13 a 17 de abril, foi organizada pela Coordenação do Curso de Relações Internacionais da Belas Artes a Semana Diplomática. Dentre todos os convidados me chamou a atenção a Palestra do Sr. Mario Marconini, representante da Federação das Industrias do Estado de São Paulo (FIESP) e que tinha como tema de sua exposição “A Crise e as suas Repercussões no Comércio Internacional”.
Infelizmente o palestrante se ateve de forma superficial ao tema, parecia não ter muito a dizer, e o pouco que disse a respeito não passou de um festival de obviedades, o que era de se esperar já que a atual crise põe em cheque muito dos interesses defendidos pelo palestrante e sua instituição.
É claro que para superar suas deficiências o Sr. Marconini apelou para as típicas e esperadas piadas de cunho fartamente preconceituoso. Seu principal alvo foram os governantes da América Latina. Falou de Hugo Chávez, de Cristina Kirchner, de Evo Morales, não sobrou pedra sobre pedra. Do presidente brasileiro, falou: “Parece um elefante bêbado”. Eu, cá com meus botões, pensei: o que vem a ser um “elefante bêbado”, será que alguém já viu um?
Outras pérolas do Sr. Marconini: “O Brasil deveria dar uma cacetada na Bolívia”; “ONGs de direitos humanos não podem protestar contra a OMC, virou moda”. Ouvindo esse Sr., lembrei-me do Stanislaw Ponte Preta e seu FEBEAPA (Festival de Besteiras que Assola o País). O palestrante transformou a noite em que participou da Semana Diplomática num FEBEABA (Festival de Besteiras que Assola a Belas Artes).
De forma desafortunada, não pude questionar o palestrante em relação a suas afirmações preconceituosas e obtusas, pareceu-me que as perguntas eram pré-estabelecidas e ninguém pôde fazer um questionamento mais incisivo.
Gostaria de dizer ao Sr. Mario Marconini que, mesmo representando um projeto de poder (o projeto de poder da FIESP, que se encontra explicitado nos relatórios da Operação Castelo de Areia da Polícia Federal) diametralmente oposto ao de diversos chefes de Estado da América Latina, isso não lhe dá o direito de desrespeitá-los de forma tão grosseira.
Suas frases de efeito arrancaram gracejos da platéia, porém essas teriam sido mais propícias se ditas num boteco e não num ambiente acadêmico, numa palestra para um público que aprende a respeitar os valores da democracia e da diplomacia. Dizer que o Brasil deveria dar uma “cacetada” na Bolívia contradiz completamente a nossa bela tradição diplomática, reconhecida no mundo inteiro com uma das melhores escolas da área.
Se me fosse permitido falar na ocasião, diria que as ONGs de direitos humanos exercem um papel importante já que os direitos humanos, sociais e trabalhistas são vilipendiados cotidianamente pelas transnacionais e pelo agronegócio, e que isso é um assunto que deve ser tratado em organismos como a OMC. Talvez ele relativizasse o que disse, me pareceu o tipo de pessoa que faz isso, daqueles que acreditam em “ditabrandas”.
Queria saber do palestrante por que, ao se referir à Bolívia, insinuou que esse país não tinha povo. Qual o motivo? Talvez pelo fato de o presidente dessa nação ser índio e seu povo ser majoritariamente de origem indígena? Lembrei-me de duas coisas: primeiro, do Cônsul boliviano que esteve na Belas Artes na Semana Diplomática de 2007 que, com humildade e simpatia, nos explicou os problemas sociais do país, fruto de anos de espoliação do povo por parte de governantes descompromissados com o bem-estar da população. E, segundo, que a FIESP deve apoiar as instituições congêneres do departamento de Santa Cruz de la Sierra, que a todo momento proclama o golpe, numa demonstração de fascismo político e desrespeito à vontade popular.
O Sr. Marconini considera o governo Lula de esquerda, e complementa: “Mesmo sendo de esquerda, eles não são protecionistas”. Primeiro, o Governo Lula não é de esquerda, no máximo é um governo de centro-esquerda, e olha que estou sendo bonzinho, pois na coalizão governista convivem partidos de centro-direita, sem contar o famigerado presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. E, segundo, queria saber de onde o palestrante tirou que a esquerda é protecionista, já li muita teoria de esquerda e nunca li uma coisa dessas. Ao contrário, a esquerda é internacionalista por essência, é só lembrarmos do velho Marx.
A conclusão que tenho de tudo isso é que não cabe no nosso curso, tão bem coordenado por uma pessoa que é referência moral e intelectual a todos os alunos de Relações Internacionais da Belas Artes, esse tipo de palestra.
Não sei se Mario Marconini sempre é assim ou se estava num dia ruim, talvez exasperado com as consequências da Operação Castelo de Areia. O que espero sinceramente é que o FEBEABA do Marconini nunca mais venha nos visitar.
Boas observações...
ResponderExcluirA verborragia pelo jeito estava com o Sr. Marconini neste dia, pois pelo que apreendi das leituiras sobre Metáfora do Aristóteles e outros, entendi que ela é uma transferencia de sentido e que assim se constrói por analogia, mas repetindo o que disse o Marcio, alguém já teve a experiência [empiria/εμπιρια] de ver um elefante bêbado?
Deselegâncias à parte, entendo que posturas como esta, que preconizou o desrespeito com a Bolívia que, segundo Marconini, deveríamos dar-lhes uma "cacetada", como foi bem salientado pelo Marcio, não estão de acordo com o ambiênte acadêmico, e muito menos com o curso de R.I e mais, com a história da diplomacia brasileira.
Que a palestra e o Sr. FEBEAPA não voltem à Belas Artes ou apareça em qualquer ambiênte acadêmico!
Abraço,
Sofista Minimus.
Caros Senhores,
ResponderExcluirAqueles que tiveram infância certamente se lembrarão daquele desenho da turma do Charlie Brown em que um dos personagens lembra que "política, religião e a Grande Abóbora não se discutem". Pois bem, indo contra esta afirmação e contra meu bom senso, não posso deixar de comentar as colocações aqui feitas sobre o evento com o Sr. Marconini.
Primeiramente, me surpreende (pero no mucho) que alunos do curso de Relações Internacionais (logo um curso desses!) tenham uma visão tão obtusa de mundo a ponto de serem incapazes de ouvir e aceitar a existência de uma opinião político-ideológica diferente da deles. As colocações do Sr. Marconini foram, na minha opinião, extremamente pertinentes, e, embora às vezes feitas jocosamente, de uma profundidade e seriedade tremendas. A conclusão que tirei de tudo aquilo que ele apontou foi que o Brasil, para superar não só a crise conjuntural da atualidade, mas também seus problemas históricos, deve parar de comportar-se como um adolescente rebelde, daqueles que briga com os pais mas nunca tem coragem de sair de casa, e portar-se como um adulto. Por Brasil, entenda-se a classe política, empresarial, a sociedade em geral, e, não poderia faltar nesta lista, os estudantes.
No entanto, quando se vê representantes de um Centro Acadêmico, expressão por excelência da última classe que citei acima, escrevendo tantas asneiras e agredindo de maneira gratuita, sem sentido, e com argumentos tão fracos quanto contraditórios um palestrante da estatura intelectual do Sr. Marconini, começa-se a suspeitar que o País, se depender destes, não vai muito longe mesmo.
Os senhores falam em "projeto de poder da FIESP". A que referem-se exatamente? Seria algo inspirado num certo Capitán da Centro-América, que há muitas décadas ancora sua nau tropical numa concepção ideológica notadamente superada, arcaica? Este mesmo Capitán que abusa dos direitos humanos mais elementares, como a liberdade e a busca pela felicidade, os quais os senhores em outro parágrafo implicitamente dizem defender? Ou seria esta concepção de projeto de poder algo mais sofisticado, do tipo que está sendo implantado de maneira não muito sutil pelo Comandante de um de nossos vizinhos ligeiramente ao norte, histriônico, dramático até, mas que não é capaz de usar destas qualidades em benefício de seu próprio povo? Esclareçam-me, por favor, pois acho que os senhores esqueceram-se de um ditado bem famoso, que se aplica a estas acusações sem muito fundamento: depois de matar a cobra, há que se mostrar o pau...
Quanto à afirmação do "elefante bêbado", creio esta ter sido direcionada ao posicionamento do Brasil no rumo de seu futuro, mas posso estar equivocado, afinal, tamanhas foram as risadas provocadas pela colocação que talvez tenham deturpado um pouco minha lembrança sobre a quem ela foi dirigida. Diga-se de passagem, concordo plenamente com o que o Sr. Marconini disse; o Brasil é mesmo como um paquiderme, que continua a ir adiante (para onde quer que isso seja) mais pela inércia de seu próprio tamanho do que por um esforço próprio calculado e genuíno - ainda por cima o faz de maneira trôpega, aos solavancos, como um ébrio habitual.
Nem vou me referir às outras colocações aqui feitas, mas acho que os senhores deveriam reavaliar o vosso conceito de democracia. O exercício desta é, sobretudo, ter a capacidade de aceitar a existência de pontos de vista diametralmente opostos aos seus, sem demonizá-los ou classificar todos aqueles que não acreditam na sua própria concepção de mundo como hereges que devem ser queimados na fogueira dos ataques verbais. É, fundamentalmente, debater idéias e pontos de vista diferentes, para desta discussão chegar a um denominador comum sobre decisões e políticas que afetam a todos. Pelo menos pelo que demonstraram até agora, os senhores não são lá muito democráticos, a não ser que vossa democracia seja aquela concebida pelos dignatários latino-americanos supracitados.
Os senhores deveriam reavaliar também a vossa postura como estudantes, e ainda mais como estudantes do Centro Universitário que convidou o Sr. Marconini a proferir sua palestra, demonstrando respeito e civilidade para com ele, e não atacando-o da maneira como fizeram, com panfletagem barata e incongruente.
Aliás, creio que, para quem tem cojones de fazer uma crítica destas (se é que isso pode ser elevado ao nível de crítica), não deve faltar hombridade e decência para assumir sua postura equivocada e retratar-se publicamente neste mesmo veículo de comunicação.
Por fim, termino meu breve comentário com uma paráfrase de outro senhor latino-americano que, creio, deve ser muito admirado pelos senhores: "Hay que endurecer, pero sin perder la elegancia jamás!"
Espero também que os senhores façam a gentileza de não censurar este comentário em nenhuma de suas partes, como eu sei que é hábito de vossos ídolos.
Atenciosamente,
Lucas Parreira Lorini, aluno do curso de Relações Internacionais da Belas Artes, e comunista convicto, até o dia em que me provaram estar errado.
Realmente reafirmo o que fora proferido pelo Lucas acima, não podemos questionar uma assumidade do ramo de relações internacionais, que defato deveria estar servindo de exemplo para nós alunos e incrivelmente que criticamos tantas pessoas e no final das contas nos tornamos iguais, um título tão tendencioso e acredito que essa opinião não expressa a opinião dos alunos do curso de relações internacioais que afirmo com certeza que todos acharam de total relevância o que fora trazido por Marconini, e quando usamos da arrogância em querer que uma personalidade inquestionável nunca mais frequente nossa faculdade estamos cometendo um erro no que diz a respeito a imagem do curso que em minha opinião é o objeto central do centro academico, assim como lamentaram à palestra, eu lamento tal artigo
ResponderExcluirComo diria aristóteles, a demagogia seria o modo corrompido de democracia, pensem nisso..
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBem,
ResponderExcluirNão sou estudante do Curso de Relações Internacionais, e ao contrário do que foi dito, reconheço sim a visão político-ideológica-partidária de quem quer que seja, pois como ser pensante, e representante da instituição que é, ele tem todo o direito de fazê-lo.
A principal crítica aqui é quanto a sua postura que repito, com declaração como a do elefante bêbado, não é condizente com o ambiênte acadêmico e o comentário sobre a Bolívia que foge, como dito acima, do histórico das relações internacionais do Brasil. Sem contar que a do elefante ele se referia ao presidente da república.
Mas não me deixa parecer interessante esse comentário do Lucas, sobre o que foi dito pelo Sr. Marconini, que o Brasil para superar os seus problemas deve portar-se como adulto e parar de se comportar como rebeldes. O curioso é que as próprias indústrias e multi-nacionais comportaram-se assim com o Estado nos últimos anos. "Fugiram de casa", disseram que eram adultos e que não queriam intervenção deste, com a crise agora, estão querendo voltar para o lar [estado], pedindo um dinheiro emprestado pra sair e tudo mais...
É isso, sem fugir muito do que está no artigo e que comentei...
Abraço,
Sofista.
Senhores,
ResponderExcluirPrimeiramente, quero expressar meu desejo em crer que este post foi apenas um devaneio particular do aluno Marcio, expressado no lugar incorreto e, principalmente, da forma incorreta.
Não vou me ater aos pontos que o Lucas Lorini já colocou, pois creio que seria "bater na mesma tecla", mas sim ao modo como essa crítica foi feita.
Estamos em uma sociedade livre e democrática e todos não só podem, como devem debater os fatos a nossa volta, especialmente quando assuntos tão pertinentes como a conjuntura econômica atual rodeiam o universo internacionalista e dos alunos deste curso. No entanto, creio que o Marcio, de forma extremamente infeliz, expressou uma opinião PARTICULAR num meio de comunicação dito "dos alunos de Relações Internacionais do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo", ou seja, público.
Sendo assim, sinto-me no dever de pedir que, como aluno do curso de Relações Internacionais (sendo que tenho certeza de que outros compartilham de minha opinião), ou este blog retire esta postagem, ou retirem o título de intenção deste blog, pois tenho até mesmo vergonha em dizer que esta "crítica" representa uma opinião do CURSO (e não uma opinião particular como a que foi expressada aqui) sobre um homem que demonstrou tanta boa vontade com a faculdade e com o curso como o senhor Mario Marconini em atender nosso pedido na Semana Diplomática. Ouvi comentários, e não foram poucos (o que é fácil de comprovar, através de uma simples pesquisa) após o fim da palestra do sr. Marconini, que esta foi uma das melhores já realizadas na história do curso de Relações Internacionais da Belas Artes.
A pergunta que deixo, ao Marcio, pois volto a afirmar que creio de boa fé que essa postagem foi apenas de sua autoria, é: Será que só você viu o que ninguém viu nesta palestra, ou então estão todos indo na sua contramão?
Seja qual for a resposta, tenho certeza de que todos concordamos que aqui não será o local para você publicá-la, enquanto este blog estiver representando nosso curso, não é mesmo? Sou contra o cerceamento da opinião de qualquer pessoa, mas creio que os meios pelos quais tais opiniões são expressas é que devem ser escolhidos com extremo cuidado e parcimônia, o que claramente você não fez.
Digo isso, ainda, sem expressar minha indignação da forma como você, Marcio, trata o sr. Marconini, com uma arrogância incrível e comentários tão panfletários que, custo a acreditar, vêm de alguém que está prestes a ser diplomado em um curso de Relações Internacionais e, em tese, deve estar relativamente mais ciente do que diz, como diz, e onde diz. Me pergunto, então, o motivo de você não ter expressado tais opiniões acaloradas e, durante a palestra, ou ao menos se retirado. E, sinceramente, dizer que "não falou por que não deram a chance" é uma desculpa igualmente inacreditável e esfarrapada para justificar seu silêncio naquele momento.
Entre outros diversos pontos que eu sinceramente tenho desgosto em comentar, acima de tudo pela infantilidade, reafirmo minha vontade de que escolham, então, o foco deste blog: opinião dos alunos do CA, ou matérias e artigos sérios do CA de Relações Internacionais, pois, francamente, não vou aceitar de braços cruzados que publiquem algo assim enquanto se dizem representar o corpo discente do Centro Universitário, do qual faço parte. De todas as formas que você poderia ter escolhido para gerar um debate saudável e de nível intelectual elevado (como, de repente, levar um palestrante que dispusesse de opiniões contrárias, gerando uma rodada de debates extremamente saudável e interessante), caminhou justamente para uma forma incipiente, mal-educada e panfletária, em um meio de expressão que não representa somente a sua pessoa.
Sem mais,
Lucas Fazioli Fedele - AM3RI
Senhores,
ResponderExcluirComo membro do Centro Acadêmico gostaria apenas de pedir a todos que não generalizem a situação, lembrando que, como está escrito do lado esquerdo do blog, os artigos assinados não expressam nem a opinião da Belas Artes e nem muito menos do Centro Acadêmico, sendo somente de responsabilidade do Autor.
Tenho alguns pontos a discordar do artigo do Márcio e realmente creio que devemos prezar pela diplomacia antes de tudo.
Mais uma vez, peço que o corpo discente não generalize a situação aqui demonstrada.
Qualquer dúvida, estou a disposição!
Grato,
Paulo R F Meirelles
Olha é lapidar os textos dos dois Lucas, o primeiro Lucas se diz comunista, mas gosta e fica do lado do cara da FIESP, vai entender isso, seria um caso clássico de traição de classe, exconjuro.
ResponderExcluirO Outro diz que Marcio é arrogante, mas não seria mais arrogante, o cara que chama o outro de arrogante?
Diz que o texto do Marcio é panfletário, mas não aponta o que é panfletario no texto, conclusão o texto do Lucas que é panfletario e serve ao discurso bem tacanha, pra dizer o minimo.
Conclusão de tudo, Parabéns ao Marcio, por não temer poderosos, pseudo poderosos e seus vassalos.
Eu nem devia responder a este último comentário, mas o sr. Marcelo me parece ser "sarcasm-impaired"...
ResponderExcluirNão deveria responder mesmo, perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado. Na falta de argumentos para me refutar, usa da agressão baixa e sórdida e ainda usa o seu "ingreis", eu que não tenho a mente colonizada não faço isso, e além de tudo é cafona pra caramba misturar a nossa língua mãe, com a língua da rainha, coisas de quem acha Miami o supra-sumo da felicidade.....novamente exconjuro.
ResponderExcluirApesar de deselegante, escreverei em tópicos:
ResponderExcluir1° Se o blog não representa a FEBASP, tirem a logo da instituição desta página.
2° O inglês é o idioma não só das RI, mas da comunidade científica internacional (Esperanto não é opção...). Claro que este idioma é imperial, como todo idioma "internacionalista", nisto não se difere do que foi o grego, o latim e o francês.
3° Para este Márcio e seus sequazes, dedico apenas algumas breves palavras proferidas por Marco Túlio Cícero:
“Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência? Quanto zombará de nós ainda esse teu atrevimento? Onde vai dar tua desenfreada insolência? É possível que nenhum abalo te façam nem as sentinelas noturnas do Palatino, nem os guardiões da cidade, nem o temor do povo, nem a uniformidade de todos os bens, nem este seguríssimo lugar do Senado, nem a presença e semblante dos que aqui estão? Não sentes clara a tua conspiração? Não vês a todos inteirados da tua já reprimida conjuração? Julgas que algum de nós ignora o que fizeste na noite passada, onde estiveste, a quem convocaste, que resolução tomaste?
Enquanto houver quem se atreva a defender-te, viverás, e viverás como agora vives, cercado de muitas minhas fortes guardas, para que não te possa levantar contra a República.
Nada fazes, nada maquinas, nada cogitas que eu não só não ouça, mas veja e penetre claramente.
Isso porque, fora desta tua conjuração de gente estragada, ninguém há que não te aborreça...
Nada fazes, nada consegues, nada maquinas, que eu logo não saiba; e nem por isso cessas de levar por diante teus projetos e intentos.
Com estes prognósticos e sumo proveito da República parte já Catilina, com essa tua pestilencial quadrilha de protervos, que se agregam com todo o gênero de maldades e parricídios para esta ímpia e execranda empresa.”
Marcelo, creio que é você quem está perdendo ótimas oportunidades de ficar calado aqui. Sugiro que, primeiramente, melhore um pouco sua capacidade de compreensão de um texto e seus argumentos para, então, contra-argumentar efetivamente, já que está claro que não entendeu nada do que foi escrito, o que lhe fez resumir suas críticas infundadas a pontos relativamente básicos.
ResponderExcluirMas enfim, vamos lá:
Não, não sou mais arrogante por ter chamado o Marcio de arrogante. "Arrogante", para você, em uma definição de dicionário: qualidade ou caráter de quem, por suposta superioridade moral, social, intelectual ou de comportamento, assume atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros.
Entendeu direitinho agora? Em momento nenhum me coloquei de forma superior como o autor do texto que está neste blog, então espero (embora não tenha certeza) que você tenha entendido.
Respostas prontas como essa sua, aqui, não tem muita efetividade.
Quanto ao exemplo de panfletarismo, aqui está um: "Ao contrário, a esquerda é internacionalista por essência, é só lembrarmos do velho Marx."
Ironicamente, o exemplo mais gritante foi o seu: "[...]e ainda usa o seu 'ingreis', eu que não tenho a mente colonizada não faço isso"
Se ainda não estiver claro para você, desculpe-me, mas não explicarei tudo novamente. Creio que já fui bastante claro.
Mas, se você souber fazer críticas mais concretas e bem-estruturadas, então debateremos algo. Por que, até agora, o que fiz foi (tentar) lhe fazer entender tudo o que foi escrito por aqueles que criticaram a publicação.
Os dois coleguinhas me divertem.
ResponderExcluirD.Lucas I, o "comunista da FIESP",
Quanta perspicácia, não sabia que o Inglês era uma língua da comunidade científica internacional, me surpreendeu essa informação, muuuuuito agradecido.
O Problema é esse, quer escrever em inglês, pode escrever, agora misturar português com inglês é bem brega e isso vc não consegue refutar.
Olha só ele dá um ctrl c, crtl v do Cicero, cuidado para não ter o mesmo fim desse personagem histórico, já pensou sua lingua exposta ao publico?
D. Lucas II
Do alto de sua insegurança, teve que consultar um dicionário do google para postar a definição de arrogante, deve ter ficado com crise de identidade ao ler a definição.
Citar Marx é panfletario, e o seu coleguinha Lucas é panfletario ao citar, Cicero, ou vc usa dois pesos e duas medidas?
Não vejo mal em ser panfletario, desde que se defenda o , eu sou, defendo a social democracia com unhas e dentes, o que fica feio, é o Lucas ter um discurso panfletario, todo construído ideologicamente para defender interesses de um determinado estrato social, e ficar aqui postando como a vestal da República, é bem pífio, seria melhor deixar a hipocrisia de lado e sair do armário assumindo suas posições ideológicas, mesmo que seja pra se dizer um comunista da FIESP, como o outro.
Pedantismo me cansa e debate de internet tb, se quiserem debater, marquem (local, data, horário e tema)vamos ver se sem a ajuda do google, vcs conseguem sustentar uma argumentação.
Infelizmente este blog perdeu sua essencia não apenas poer este artigo, mas como estas respostas, vamos por um fim a isto e esperar que textos assim não sejam mais redigidos.
ResponderExcluirComo editor do blog, o que tenho a dizer pode ser visto na nota que acabei de postar.
ResponderExcluirEste espaço não perdeu essência alguma, ele continua representando os alunos de RI da BA, mas aqueles que se dispõe a usá-lo.
Enfim, não é possível discutir com alguém que se esconde por trás do anonimato.